Tal como as pessoas um dos factores
principais para a saúde do seu animal é a alimentação. As visitas ao
veterinário são também fundamentais.
Segue o resumo de algumas das doenças mais
frequentes do cão.
ESGANA
O QUE É
A Esgana é uma doença viral altamente
contagiosa, que afecta os cães, principalmente os mais novos, podendo ser
mortal. Esta doença não é transmissível ao ser humano, mas sim a outros cães.
SINTOMAS
Os sintomas são variados, podendo aparecer
em três fases:
Fase 1
·
Febres altas
·
Vómitos/Mal-estar
·
Falta de apetite
·
Diarreia
·
Desidratação
Fase 2
·
Tosse (além dos outros sintomas descritos)
Fase 3
·
Sangue purulento no nariz e nos olhos
·
Convulsões/Espasmos nervosos
·
Eventual paralesia
Não existe um tratamento específico para
esta doença, contudo o animal deve ser hospitalizado o mais rápido possível, a
fim de minimizar os sintomas e salvá-lo da morte. É de referir que, nos
cachorros a taxa de mortalidade é mais elevada do que nos cães mais velhos,
pois estes possuem mais defesas que os primeiros.
Nos caso do animal se salvar, ele poderá
ficar com algumas sequelas, como tiques nervosos, epilepsia, dentes manchados
devido aos danos provocados no esmalte e possível paralesia.
Nota: Um animal com esgana deve ser
imediatamente idolado dos outros e os espaços onde ele esteve devem ser
rigorosamente desinfectados para minimizar o risco de transmissão.
COMO SE TRANSMITE
A esgana pode ser transmitida de diversas
formas, entre elas: contacto directo entre animais, tosse e espirros dos
mesmos, ou ainda pode ser transportado na roupa ou calçado de quem esteve em
contacto com o animal infectado. Esta doença transmite-se a animais que não
estejam vacinados contra a esgana, ainda que sejam animais sadios.
MAIS VALE PREVENIR
Todos os cachorros ou cães adultos, devem
cumprir o esquema de vacinação estipulado pelo veterinário.
No caso da esgana, a vacina deve ser
tomada com cerca de 8 a 10 semanas, repetindo depois anualmente com doses de
feforço. É importante manter os cachorros em espaços limpos e não os passear na
rua antes das primeiras vacinas.
RAIVA
O QUE É
A Raiva é uma doença viral (vírus rábico),
que se multiplica nas glândulas salivares. É transmissível a todos os animais
de sangue quente, incluindo o ser-humano.
SINTOMAS
Nos cães:
· O animal começa a ter alterações ao nível do seu comportamento, ficando mais
agressivo e "raivoso";
·
As pupilas dilatam;
·
Desenvolve-se no animal a fotofobia (medo da claridade);
·
Excesso de salivação;
·
Paralisia da mandíbula e dificuldades em engolir;
·
Convulsões
·
Paralesia dos membros
Nos humanos:
·
Febre que vai aumentando progressivamente
·
Dores de cabeça
·
Estados de inquietação e irritabilidade
·
Taquicardia
·
Depressão
·
Dificuldade e impossibilidade de respirar
TRATAMENTO
Depois de detectada a doença, não existe
tratamento possível. A vacina serve sim, para previnir, mas como remédio não
causa qualquer efeito.
COMO SE TRANSMITE
O vírus da raiva é transmitido
principalmente, por cães ou gatos, sendo transmissível a outros animais de
sangue quente, bem como ao ser humano.
A transmissão é feita através da mordedura
de um animal infectado, sendo o vírus excretado pelas suas glândulas salivares.
Esta transmissão pode ainda ocorrer
através de um arranhão causado pelas unhas ou dentes do animal infectado ou
ainda pela "lambidela" desse animal, quando a sua saliva entra em
contacto com alguma área da pele que esteja ferida.
O período em que os sinais da doença se
tornam visiveis, após a transmissão (mordedura), podem variar entre 2 semanas a
6 meses.
MAIS VALE PREVENIR
A unica maneira de evitar a doença é mesmo
com a prevenção, ou seja, com a vacina. Apesar de não existirem sinais de raiva
em Portugal, vacina é obrigatória e deve ser ministrada por volta das 16
semanas de vida do animal.
LEISHMANIOSE
O QUE É?
A Leishmaniose é uma doença infecciosa,
causada por um organismo denominado leishmania.
Esta doença é mais comum em países
quentes, contudo também é comum em Portugal, principalmente nas zonas da
Península de Setúbal e Vale do Tejo.
SINTOMAS
Esta doença pode apresentar-se de duas
formas:
·
Forma cutânea, que se caracteriza pelo aparecimento de feridas na pele,
cuja cicatrização é muito difícil, senão nula;
·
Forma visceral, que atinge órgãos como o fígado, o baço e a medula óssea).
Normalmente esta doença revela-se quando
já está num estado muito avançado de desenvolvimento, sendo os seus sintomas os
seguintes:
·
Excessiva queda de pêlo;
·
Emagrecimento do animal;
·
Fraqueza e apatia;
·
Feridas que surgem de repente e cuja cicatrização é muito díficil de
conseguir;
·
Aumento exagerado das unhas;
·
Dilatação do fígado ou do baço
TRATAMENTO
Antes de se partir para a certeza de que o
animal está infectado com Leshmaniose, deve falar-se com o veterinário para se
fazer o respectivo diagnóstico. Este diagnóstico é feito por punção da medula
óssea e observação microscópia das Leshmanias.
Se as suspeitas se confirmarem e o animal
estiver mesmo infectado, há que dar início a um longo tratamento. É de
salientar que, no cão esta doença é incurável. Todavia, pode ser tratada,
principalmente se ainda não tiver atingido um elevado grau de desenvolvimento.
O tratamento, quando seguido minuciosamente, elimina os sintomas, permitindo ao
animal ter uma boa qualidade de vida. Nestes casos, o animal deixa de ser
transmissor e passa apenas a ser portador.
No ser-humano, quando a doença é
diagnosticada a tempo, pode ser tratada e curada.
COMO SE TRANSMITE
A Leshmaniose é essencialmente transmitida
ao cão, podendo também ser transmitida ao Homem, mas não através do cão. Esta
doença transmite-se pela picada de uma determinada espécie de mosquito. O
mosquito ao picar um cão infectado absorve o parasita e, quando o mesmo
mosquito picar outro cão, para se alimentar do seu sangue, vai deixar neste
último o parasita, que se reproduzirá e provocará a doença. Assim, o mosquito é
apenas um hospedeiro intermediário, não havendo risco de contágio cão
infectado-cão sadio, ou de cão infectado-ser humano. O cão infectado só infecta
mosquitos que o piquem para se alimentar do seu sangue; estes mosquitos por sua
vez, é que poderão infectar outros cães.
No caso do Homem, também só o mosquito o
poderá infectar.
MAIS VALE PREVENIR
Uma vez que ainda não existe vacina para a
Leshmaniose, há certos cuidados que se devem ter com o cão para evitar que este
seja infectado.
Como estes mosquitos são mais frequentes
em zonas de charcos ou águas paradas, deve evitar-se andar nessas zonas com os
animais, bem como evitar os passeios ao fim da tarde ou início da manhã.
DIROFILARIOSE
O QUE É?
A Dirofilariose (doença do verme do
coração) é uma doença infecciosa, que ataca cães e gatos podendo incapacitar ou
até matar os animais infectados. Esta doença é provocada pela picada de um
mosquito infectado.
SINTOMAS
A Dirofilariose provoca lesões muito
graves antes do aparecimento dos sintomas visíveis. Quando os sintomas
aparecem, a doença está de tal forma avançada que as lesões nos órgãos internos
podem ser irreversíveis.
·
Um cão com dirofilariose canina pode apresentar os seguintes sintomas:
·
Tósse crónica;
·
Cansaço perante esforços físicos;
·
Apatia;
·
Diarreia;
·
Vómitos;
·
Falta de apetite;
·
Colapso devido a falha cardíaca
TRATAMENTO
Actualmente, a maioria dos cães infectados
podem ser tratados, contudo, deve ter-se a noção de que o tratamento é caro e
dispendioso, mas que pela vida do nosso amigo vale a pena!
São necessárias duas injecções para matar
os vermes adultos. Durante várias semanas após o tratamento, o cão tem que ser
mantido em repouso absoluto. Mesmo um pequeno exercício pode provocar lesões
graves a nível pulmonar pelos vermes mortos.
Numa segunda fase tem que se medicar o
animal para se eliminar as microfilárias imaturas do sangue. Por fim, deve
implementar-se um programa de prevnção da doença.
COMO SE TRANSMITE
Os mosquitos são os responsáveis por
transmitir a doença de um cão infectado para cães saudáveis. Dentro do animal
infectado vão-se produzir pequenos vermes imaturos – microfilárias, que se vão
libertar na corrente sanguínea. Quando um mosquito pica o cão, ingere estas
microfilárias juntamente com o sangue. Nas duas ou três semanas a seguir, as
microfilárias desenvolvem-se para se tornarem larvas infectantes e são
transmitidas a outros cães quando o mosquito se volta a alimentar. Uma vez
dentro do cão estas larvas desenvolvem-se e migram para o coração onde se
tornam vermes adultos que voltam a produzir microfilárias. Estas por sua vez,
vão depois para a corrente sanguínea do cão, onde poderão ser de novo ingeridas
pelo mosquito se o cão voltar a ser picado. E assim se vai gerando o ciclo da
Dirofilariose.
MAIS VALE PREVENIR
Se se desconfia que o cão poderá estar
infectado com Dirofilariose, a primeira coisa a fazer é recorrer ao veterinário
e pedir que faça uma análise ao sangue do animal.
Para apostar num programa de prevenção,
deve ter-se atenção para não andar com o animal em zonas onde predominem os
mosquitos. As coleiras contra os parasitas são também um modo de evitar o
problema.
Não se deve ministrar nada no animal sem
aconselhamento prévio do seu médico veterinário.
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